Alunos da rede pública de São José dos Pinhais tem cuidados diferenciados na merenda

Pais e professores devem ficar alertas: nem sempre um sintoma pode significar um distúrbio alimentar. Doenças relacionadas à alimentação necessitam de diagnósticos precisos, feitos por meio de exames

 Você provavelmente tem ou conhece alguém que possui algum tipo de restrição alimentar, certo? O tipo mais comum é a intolerância à lactose. Segundo pesquisas, aproximadamente 70% da população brasileira apresenta algum tipo de restrição ao leite de vaca.  Para quem não sabe, a intolerância à lactose é um distúrbio digestivo associado à baixa ou nenhuma produção de lactase – enzima responsável pela digestão do leite – pelo intestino delgado. Os sintomas variam de acordo com a maior ou menor quantidade de leite e derivados ingeridos e também com a idade do paciente.

A rotina da pós modernidade faz com que tenhamos cada vez menos tempo de cozinhar nossas próprias refeições, o que torna ainda mais importante a oferta de receitas específicas para quem sofre desta e de outras patologias alimentares fora de casa. E, se para os adultos já é difícil encontrar opções saudáveis e seguras no dia a dia, imagine para as crianças que nem sempre entendem o que não podem ingerir. Pensando nisso, a Risotolândia – empresa responsável pela merenda de SJP- oferece aos alunos da rede municipal da cidade cerca de 90 cardápios desenvolvidos exclusivamente para as 488 crianças que possuem restrições alimentares nas escolas do município.

“Na infância temos as nossas primeiras descobertas alimentares e a restrição, muitas vezes, faz com que as crianças tenham medo de se alimentar. O que fazemos, através das dietas especiais, é auxiliar as crianças a redescobrirem o prazer de uma alimentação saudável e nutritiva”, explica Emily Reda, nutricionista responsável pelo planejamento de dietas da Risotolândia.

Para produzir estas dietas especiais, a empresa criou uma cozinha exclusiva, totalmente isolada da cozinha convencional. Lá, são utilizados equipamentos e ingredientes diferentes para garantir o bem-estar das crianças que precisam de cuidados especiais. “Ao preparar uma dieta especial, além de seguir rigorosamente o cardápio que é enviado pela Secretaria Municipal de Educação, é fundamental que elas sejam feitas totalmente separadas dos outros atendimentos. Algumas patologias são extremamente graves e pequenos traços de alergênicos podem comprometer seriamente a saúde”, ressalta Thais Felix, nutricionista responsável pela produção das dietas especiais.

Em São José dos Pinhais, o maior número de dietas produzidas são para crianças com intolerância a lactose. O leite é um alimento de extrema importância na alimentação infantil, pois é fonte de cálcio e proteínas de alto valor biológico. “Nestas dietas utilizamos produtos com baixo teor de lactose, que são ricos nos mesmos nutrientes do leite convencional. Atualmente as marcas chegaram em um padrão tão agradável de sabor que muitas vezes não sentimos a diferença entre eles”, ressalta Reda.

As dietas especiais são desenvolvidas após envio de laudo médico pela Secretaria Municipal de Educação. Em conjunto com as nutricionistas do Grupo Risotolândia, os cardápios dos alunos com restrições são elaborados e aprovados. “Isso é resultado da ação conjunta de pais, professores, escolas e médicos. Gostamos de pensar que não fornecemos apenas alimentação, mas sim saúde e qualidade de vida: fatores essenciais para o rendimento escolar e o bom desenvolvimento infantil”, finaliza a nutricionista.

 

Como diagnosticar?

Desconfortos, náuseas e dores abdominais acompanhadas de inchaço podem indicar uma intolerância. Como estes são sintomas comuns de várias outras doenças, é importante investigar os sintomas para que o diagnóstico não seja confundido com alguma outra patologia alimentar ou distúrbio momentâneo. “É importante não confundir a intolerância à lactose com outras doenças ou disfunções que podem causar quadro similar como: alergia à proteína do leite (caseína), síndrome do intestino irritável, doença celíaca, doença de Crohn ou até mesmo outras alergias alimentares”, alerta a nutricionista.

Além da avaliação clínica, o diagnóstico da intolerância à lactose pode contar com três exames específicos: teste de intolerância à lactose, teste de hidrogênio na respiração e teste de acidez nas fezes. O primeiro é oferecido pelo SUS gratuitamente. “O paciente recebe uma dose de lactose em jejum e, depois de algumas horas, colhe amostras de sangue para medir os níveis de glicose, que permanecem inalterados nos portadores do distúrbio”, explica a nutricionista.  Já o segundo, considera o nível de hidrogênio eliminado na expiração depois de o paciente ter ingerido doses altas de lactose e o terceiro leva em conta a análise do nível de acidez no exame de fezes.

Site: www.risotolandia.com.br

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